| Attributes | Values |
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| - Ris e eu soluço... (Loucas peregrinas!) E em toda parte, enfim, onde passamos, Deixo chorando os olhos das meninas, Deixas cantando os pássaros nos ramos. Porque elas amam tua voz canora, Ó delicado sabiá da mata! E eu lembro triste a juriti que chora E a voz dorida em lágrimas desata. Gostam de ver-te o rosto de criança Limpo das névoas de um martírio vago, O lábio em riso, desmanchada a trança, No olhar sereno a candidez do lago. Até perguntam quando sobre a areia Em que tu pisas vão nascendo rosas: “Bela criança, tímida sereia, Irmã dos sonhos das manhãs radiosas.
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| notas
| - Versos escritos três dias antes da morte da autora
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| Autor
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| abstract
| - Ris e eu soluço... (Loucas peregrinas!) E em toda parte, enfim, onde passamos, Deixo chorando os olhos das meninas, Deixas cantando os pássaros nos ramos. Porque elas amam tua voz canora, Ó delicado sabiá da mata! E eu lembro triste a juriti que chora E a voz dorida em lágrimas desata. Gostam de ver-te o rosto de criança Limpo das névoas de um martírio vago, O lábio em riso, desmanchada a trança, No olhar sereno a candidez do lago. Até perguntam quando sobre a areia Em que tu pisas vão nascendo rosas: “Bela criança, tímida sereia, Irmã dos sonhos das manhãs radiosas. Por que trilhando a terra dos caminhos, Onde o teu passo faz brotar mil flores, Esta velhinha vai deixando espinhos E um longo rastro de saudade e dores?” Não lhes respondas... Pela mesma estrada Sigamos sempre em busca da Ilusão; A alma tranqüila para o céu voltada, Suspensa a lira sobre o coração. Vamos; desprende a doce voz canora, Que ela afugenta da tristeza o açoite; E, enquanto elevas o teu hino à aurora, Eu vou rezando as orações da noite...
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