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| - Não sabes por que, Maria?... Do sol o brilhante açoite Só vem à terra de dia Porque não gosta da noite. E eu temo que ao ver formoso O teu cabelo, um tesouro! O sol, que é tão invejoso, Não queira torná-lo louro. Louro, Maria! o repouso Onde vacilo com a cruz, O doce abrigo onde pouso Meus olhos fartos de luz? Não quero, flor de minh’alma, Linda esperança em botão... O dia não é que acalma As mágoas do coração. Quando a dor em fúria brusca Lhe vem magoar o seio, A treva da noite busca Para chorar sem receio.
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| - Não sabes por que, Maria?... Do sol o brilhante açoite Só vem à terra de dia Porque não gosta da noite. E eu temo que ao ver formoso O teu cabelo, um tesouro! O sol, que é tão invejoso, Não queira torná-lo louro. Louro, Maria! o repouso Onde vacilo com a cruz, O doce abrigo onde pouso Meus olhos fartos de luz? Não quero, flor de minh’alma, Linda esperança em botão... O dia não é que acalma As mágoas do coração. Quando a dor em fúria brusca Lhe vem magoar o seio, A treva da noite busca Para chorar sem receio. E a minha noite mais pura No teu cabelo é que eu vejo; Esqueço toda a amargura Se a tua cabeça beijo! E agora, santa, avalia Que pena teria eu Se chegasse a ver um dia O teu cabelo, Maria, Da cor dos astros do céu!
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