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| - “Não me deixem morrer assim na primavera: Esconde-me no seio, ó minha mãe querida! A morte como é triste! e o noivo que me espera Há de chamar por mim... Quem restitue-me a vida? E se pôs a chorar: mas, chegando o delírio, Esqueceu-se da morte e começou a rir... Pobre noiva do amor! Pobre folha de lírio! Ela os olhos cerrou, como quem vai dormir. Misérrima criança! Estava ali bem perto A morte, a se abeirar do seu leito sagrado, Para arrastar-lhe o corpo ao túmulo deserto, Onde não brilha o Sol e nem o Riso amado.
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| - “Não me deixem morrer assim na primavera: Esconde-me no seio, ó minha mãe querida! A morte como é triste! e o noivo que me espera Há de chamar por mim... Quem restitue-me a vida? E se pôs a chorar: mas, chegando o delírio, Esqueceu-se da morte e começou a rir... Pobre noiva do amor! Pobre folha de lírio! Ela os olhos cerrou, como quem vai dormir. Misérrima criança! Estava ali bem perto A morte, a se abeirar do seu leito sagrado, Para arrastar-lhe o corpo ao túmulo deserto, Onde não brilha o Sol e nem o Riso amado. E, quando despertou daquele doce encanto, Conheceu que morria e, cheia de pavor, Suplicou a Jesus, por seu martírio santo, Que a deixasse na terra ao pé de seu amor. "Mas, sei que parto sempre", acrescentou chorando. "Mostrou-se-me da crença o doloroso véu... Minha mãe vem comigo, a noite vai chegando E eu talvez possa errar o caminho do céu!” E nessa mesma noite escura, tenebrosa, Deixou a doce Helena a terra, pobre goivo! Mas tinha para ungir-lhe a campa lutuosa Uma prece de mãe e as lágrimas do noivo.
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