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| - Nele se embala a Esperança N’uma meiguice dileta, Como no berço a criança, Como no verso o poeta. Do céu teu nome nos desce Numa harmonia divina, Como um cicio de prece Nos lábios de uma menina. Teu nome é setíneo laço Prendido em formoso véu, Qual branca nuvem no espaço, Qual uma estrela no céu. Teu nome reflete a imagem Da melodia serena Que passa rindo n’aragem E no voejar da falena. Uma blandícia suave Nele cantando divaga, Como no azul uma ave, Como no mar uma vaga. Teu nome, cheiroso lírio, No níveo cálice encerra Todo o mistério do Empíreo, Toda a alegria da Terra.
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| - Nele se embala a Esperança N’uma meiguice dileta, Como no berço a criança, Como no verso o poeta. Do céu teu nome nos desce Numa harmonia divina, Como um cicio de prece Nos lábios de uma menina. Teu nome é setíneo laço Prendido em formoso véu, Qual branca nuvem no espaço, Qual uma estrela no céu. Teu nome reflete a imagem Da melodia serena Que passa rindo n’aragem E no voejar da falena. Uma blandícia suave Nele cantando divaga, Como no azul uma ave, Como no mar uma vaga. Teu nome, cheiroso lírio, No níveo cálice encerra Todo o mistério do Empíreo, Toda a alegria da Terra. Como um contraste do encanto, N’este teu nome diviso Toda a saudade do pranto E todo o afago do riso... Ah! todo o perfume amado, Toda a fragrância mimosa Que o colibri namorado Bebe no seio da rosa; Toda a pureza do Amor, Todo o feitiço do olhar, Orvalho a cair na flor, Sereno a cair no mar... Tudo em teu nome palpita, Tudo embriaga e seduz, Como a delícia infinita De um paraíso de luz. E n’um canto repassado De lirismo que extasia, Teu nome vive embalado, Teu nome santo, ó Maria!
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