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| - E, d’alma nos refolhos, Alguém disse-me, então: Leva-lhe o coração E a bênção de teus olhos. E logo, ó flor celeste! Corri a abençoar-te... Mas, antes de abraçar-te, A minha mão vieste Beijar tão docemente, Com tão gentil carinho, Como o de um pobrezinho Beijando a mão clemente D’aquele que o consola Lançando-lhe no seio, Cheio de humilde enleio, A pequenina esmola! E eu cismo, então, com pejo: Bênção e coração, Acaso valerão O mimo d’esse beijo? Um beijo de criança, Caindo em minhas dores, É como o Sol nas flores. O pálio da esperança.
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| - E, d’alma nos refolhos, Alguém disse-me, então: Leva-lhe o coração E a bênção de teus olhos. E logo, ó flor celeste! Corri a abençoar-te... Mas, antes de abraçar-te, A minha mão vieste Beijar tão docemente, Com tão gentil carinho, Como o de um pobrezinho Beijando a mão clemente D’aquele que o consola Lançando-lhe no seio, Cheio de humilde enleio, A pequenina esmola! E eu cismo, então, com pejo: Bênção e coração, Acaso valerão O mimo d’esse beijo? Um beijo de criança, Caindo em minhas dores, É como o Sol nas flores. O pálio da esperança. E enquanto, ó lírio, voa A ti meu coração, Beijando a minha mão, É’s tu quem me abençoa... Ó doce inocentinha, Guarda a sonhar, contigo, O coração amigo E a bênção da madrinha.
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